Como o Homem Chegou a América
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continentes
E um dos grandes desafios da arqueologia é descobrir como se deu o povoamento nas Américas, como esses primeiros humanos conseguiram chegar a este continente, podemos seguir, duas hipóteses principais para explicar esse caminho percorrido pelos povoadores da America:
A primeira nos leva a pensar que chegaram a América depois de atravessar o estreito de Bering ou seja por terra firme ou melhor dizendo pelo gelo e terra a última glaciação ocorreu entre 25000 e 9000 a.C. alguns pesquisadores acreditam em duas migrações ocorrendo em 14 mil anos e outra cerca de 11 mil anos.
A segunda que vieram chegando por mar, vindos da Oceania. Após atravessar o oceano pacifico foram navegando de ilha em ilha em pequenas embarcações, até desembarcarem no nosso continente.
pesquisadores
Uma das descobertas que veio mexendo com o imaginário e os estudos arqueológicos da presença desse ser humano foi a do arqueólogo brasileiro Walter neves em 1999 em Lagoa Santa, Minas Gerais que revelou ao mundo o fóssil mais antigo de toda América: um crânio de uma mulher que viveu há cerca de 11.500 anos, que recebeu o nome de Luzia, uma homenagem a própria Lucy. Após a reconstituição da face de Luzia pelos cientistas ingleses, seus olhos arredondados, nariz largo e lábios volumosos, geraram surpresas pois suas feições se assemelhavam muito mais aos nativos da África e da Austrália do que os da Ásia :
Com base em materiais inéditos de Lagoa Santa (MG), Walter Neves descobriu também que as características cranianas do povo de Luzia também se assemelhavam às dos africanos e australianos. Para ele, então, o povo de Luzia entrou na América antes dos grupos com feições asiáticas que deram origem aos indígenas atuais.
Novas provas, mais duvidas.
Com novos vestígios encontrados No parque arqueológico da serra da capivara, onde provas de presença humanas podem ser muito mais antiga do que se pensava, a arqueóloga Niède Guidon defende, que objetos por ela e sua equipe encontrados no sitio arqueológico de pedra furada, (pedaços de carvão e pedra lascada) poderiam chegar pelo menos a 50 mil anos, porem essas provas não foram tão aceitas no meio cientifico, dizem que o carvão encontrado por ela pode ter sido produzido por incêndios florestais e que as lascas de pedra podem ser resultado do esfacelamento das rochas; ou seja sendo resultado de fenômenos naturais, e não da ação humana.
Mas em 2006, o cientista francês Eric Boëda comprovou que os artefatos de pedra encontrados pela arqueóloga brasileira foram feitos por seres humanos que viveram entre 33 e 58 mil anos atrás. Mesmo contudo, parte da comunidade cientifica ainda se opõem a esta tese.
O Brasil pré-histórico.
O que se tem por teoria é que quando os primeiros destes humanos chegaram ao solo que hoje chamamos Brasil, nossas terras não eram como as de hoje, a começar pelo clima: seco, frio e invernos bem rigorosos, as maiorias dos campos tinham vegetação baixa; em sua fauna, poderíamos encontrar mamíferos enormes como os Tigres dente de sabre e as preguiças gigantes. A preguiça-gigante era um animal imenso, semelhante a um elefante. Podia chegar a 6 metros de altura e atingir 5 toneladas, além de outros animais como mastodantes, gliptodonte ”tatu gigante” e o xenorinotério
Caçadores e coletores
Assim como o conjunto das evidências sugere esses primeiros habitantes da nossa terra eram caçadores e coletores, viviam na região Amazônica, possuíam uma dieta diversificada, caçavam animais pequenos, como os veados e as emas, e coletavam frutos, como a castanha e o pinhão.
Entre os habitantes estavam o povo de Lagoa Santa, o povo de Umbu e os povos dos sambaquis.
O povo de Lagoa Santa (o povo de Luzia): viveram entre 8 mil e 4 mil a.C.; eram de baixa estatura e magros, comia pequenos animais, frutos, peixes e caramujos grandes de rios. Muitas crianças morriam cedo e pouquíssimos adultos atingiam 30 anos de idade.
O povo de Umbu (o povo da flecha): viviam nas florestas do Sul e do Sudeste do Brasil, eram extremamente habilidosos no trabalho com pedras, entre os objetos produzidos estão facas de corte afiado, anzóis, pontas de flechas. Foram também responsáveis pela difusão de duas grandes inovações daqueles tempos: o uso do arco e flecha e o da boleadeiras (arma composta de três bolas de pedra ligadas entre si por cordas de couro) estas armas tornaram possível a caça de animais velozes como, as emas, veados, e até mesmo os pássaros em pleno voo.
Os povos dos sambaquis (homens das conchas) viviam no litoral do espirito santo e do rio grande do sul, com a cheia do mar há cerca de seis mil anos, estes povos voltaram suas alimentações para o que o mar oferecia, tinham suas dietas voltadas principalmente para peixes e molusco embora também caçassem pequenos animais e coletassem alimentos vegetais como coquinhos. Por conta da abundancia de alimentos não precisavam, mudar constantemente de local, fixavam-se próximo a praia, de preferencia onde havia água doce por perto, no local fixado levavam conchas que eram abertas no fogo, comiam os moluscos e deixavam as conchas vazias no chão onde se acumulavam. Depois de anos já existiam verdadeiras montanhas de conchas, sobre as quais as pessoas construíam suas cabanas e dentro das quais enterravam seus mortos. Montanhas estas que eram Chamadas sambaquis.
Arte pré-histórica no Brasil
Arte rupestre é caracterizada pela pintura e gravura nas paredes das cavernas ou em rochas fora delas, nestes desenhos eram relatados costumes de uma época, mas, apesar de ser uma arte de difícil datação, já que a técnica aplicada para que se obtenha uma estimativa de tempo a datação por carbono, não se torna tão precisa devido as contaminações existentes nas artes, sabe-se que teriam sido feitas principalmente entre o Paleolítico (40.000 a.C.) e o Neolítico (10.000 a 6.000 a.C.).
Na região nordeste do Brasil, mas precisamente no o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, pode-se encontrar o maior e mais antigo acervo rupestre da América. Com datações que chegam entre 17.000 e 25.000 anos
Também podemos encontrar essas pinturas no Vale do Catimbau, em Pernambuco. No Parque Nacional do Catimbau, registros de pinturas rupestres e artefatos que chegam a ser datados de pelo menos em 6.000 anos. Chegando há 27 sítios arqueológicos nessa região é considerado o segundo maior do Brasil.
No Rio grande do norte Localizado na Chapada do Apodi, também possui diversos registros de arte rupestre e fósseis da Era Glacial. Lá foram encontrados fósseis de animais e inscrições rupestres com idade estimada entre 3.000 e 10.000