Assírios e Caldeus
Quiz
Por volta de 4.000 a.C. os sumérios fixaram-se ao sul da Mesopotâmia, são os sumérios que vão lançar as base culturais que será apropriado pelos demais povos da época, formando as primeiras Cidades-Estado, como exemplo as de Ur, Nippur, Uruk, Eridu e Lagash, cada uma dessas possuía seu próprio governo independente, tendo cada cidade sua própria divindade protetora e governada por um patesi (uma espécie de rei), que diferente do Egito não será tratado como um deus, mas, exercia a função de primeiro sacerdote do deus local além de governador, chefe militar e supervisor das obras hidráulicas, governava do seu palácio (também conhecidos como zigurates), este tinha grande importância social, já que além de ser sede do governo, era visto como o centro de poder e de riqueza.
Gudea foi um dos mais célebres príncipes e, mais tarde, governador (patesi) da cidade de Lagash, na Suméria, casou com Ninala, filha de seu antecessor Urbaba, Reinou entre 2 144 até 2 124 a.C., ou seja, vinte anos de reinado.
Preocupados com a defesa de seus territórios, os sumérios se protegiam, para isso construíam em volta de suas cidades, muralhas altas e extensas com várias torres defensivas.
Nos arredores da cidade ficavam as áreas de cultivos (pomares, hortas) e dentro das muralhas além do Palácio( zigurates monumentos na forma de pirâmides com degraus e rampas para se chegar ao topo), ficavam as casas que além de moradias, servia de oficinas de artesanato, armazéns, locais de comércio e currais (muitas vezes em um mesmo prédio) e os templos religiosos (morada dos deuses).
Zigurate da cidade de Ur, construído por volta de 2100 a.C. e consagrado ao deus Nanna, que equivale a Sin, deus da Lua. Iraque, 2008.
Inicialmente, a escrita era pictográfica.
para escrever a palavra “Sol”, eles desenhavam algo parecido com um círculo, para escrever a palavra “estrela”, eles desenhavam algo parecido com uma estrela já a palavra “beber”, juntavam boca + água, a palavra “comer” era a junção de (boca) + (pão).
Com o passar do tempo, o desenho passou a significar também uma ideia, o sinal gráfico que representava flecha por exemplo, passou também a significar “correr”, Esse tipo de escrita é chamado de ideográfica.
Apesar de a suméria receber muitas vezes o titulo de desenvolvedores da escrita, devemos ressaltar que os modos de escrita podem ter se desenvolvido ao mesmo tempo em diferentes lugares como Egito, Índia e China.
Logico que o desenvolvimento da escrita não se deu de uma hora para outra na Suméria, os primeiros registros de uma escrita são datados de cerca de 3.000 a. C., esse processo resultou e se originou da necessidade do registro, de controlar os recebimentos e pagamentos dos templos e palácios, da circulação de produtos,e também da necessidade de se resolverem problemas práticos, como registrar as informações sobre uma colheita, os prejuízos causados por uma inundação etc.
Para escrever, faziam sinais em forma de cunha, utilizando uma espécie de palito de extremidade triangular em tabuletas de argila úmida, que depois de grafado, eram colocadas ao sol para secar.
Por isso essa escrita recebe o nome de “escrita cuneiforme”.
Cunha: peça de ferro ou madeira cortada em ângulo agudo, usada para rachar lenha, pedras etc.
Outro ponto que nos chama atenção é a ligação que a cultura ocidental vai ter e herdar destes povos antigos pode-se pensar esse momento acontecendo o tempo todo dentro até mesmo dentro da própria bíblia.
O conto da Epopeia de gilgámesh o “diluvio sumeriano” nos da referencias sobre o dilúvio de noé,
podendo ser ele ainda mais antigo que o relato bíblico, embora as tabuletas contendo toda história tenham sido datadas em torno de 650 a.C o framento mais antigo desta história pode ter cerca de 3.500 a.C, enquanto o relato bíblico pode ser datado por volta de 2.000 a.C.
Uma narrativa de grande semelhança, como a construção de um grande barco, um eleito por deuses ou Deus pra ser salvo, chuvas que cobriram a terra, seu protagonista soltando um pássaro para que soubesse que a terra já estava livre das aguas do diluvio e a promessa de que o mundo não seria novamente destruído pelas águas.
Tabuleta de cerca de 3.500 a.C fragmento da epopeia de gilgamesh \ imagem ilustrativa do dilúvio bíblico
Com o passar do tempo e se envolvendo em conflitos permanentes, as cidades sumérias foram perdendo cada vez mais força, o que facilitou a conquista da região pelos Acádios.