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A História dentro da História

Alberto Santos Dumont

By Lucas Tiburcio

15-12-2021

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Um menino sonhador que fantasiava um dia poder voar, um jovem estudioso, que não media esforços, e um homem sábio sem pretensão de riqueza ou grandeza, visto posto nunca patentear seus inventos o deixando a vontade de quem o achasse por bem aperfeiçoá-los, um brasileiro, de visão ampla e empreendedora, de caráter forte e digno de admiração pelo mundo inteiro, um inventor que trouxe para humanidade a grande riqueza do encontro entre nações de forma mais pratica e segura, e que também viu a ganância e ambição trazerem a tristeza e a manchas neste que hoje ultrapassa barreira.

Alberto Santos Dumont Nasceu em 20 de julho de 1873, na Fazenda Cabangu na antiga cidade de Palmyra Minas Gerais, cidade que hoje em sua homenagem recebe o nome do inventor, Dia e mês de nascimento de seu pai..

Quando criança recebeu influencias de Júlio Verne. Seus estímulos foram aguçados pela fantasia dos transatlânticos, submarinos e balões tendo como leitura, “vinte mil léguas submarinas”, “cinco semanas no balão” e “da terra à lua”. Adquirindo a convicção que um dia o homem poderia voar imitando as aves.

Vira pela primeira vez um balão aos seus quinze anos o que o encorajou ainda mais e o estimulou em seu desejo de um dia ver o homem sobrevoando sua terra.

Em sua brincadeira de infância onde o objetivo era dizer se algo voava ou não, sempre pagava a prenda, quando perguntavam “homem voa? e Alberto prontamente levantava sua mão e respondia em alto e bom som “voa, voa sim!” e brigava muito com seus irmãos, dizendo que não pagaria a prenda, e que um dia provaria a todos eles que o homem podia voar, isso é claro fazia com que todas as crianças da fazenda rissem e zombassem do pequeno menino.

Devido a um grave acidente de seu pai, na fazenda que o deixou, bem debilitado, no ano de 1892, Alberto Santos Dumont seguiu para paris, enquanto seus pais ficavam em Portugal para tentar tratamento e melhores condições de saúde.

Uma de suas características era nunca dar um passo a frente sem antes esta seguro do terreno que pisava. De uma mentalidade precoce, não havia duvidas quanto sua extraordinária capacidade inventiva, perfeita coordenação de um cérebro invulgar, para tudo que dizia respeito à mecânica e física, de poucas palavras mais de pensamento notável, tinha como habito fazer pequenos modelos, fabricados por conta própria e experimentá-los muito. Se satisfeito procurava o melhor fabricante da especialidade e servia-se dele. Assim como se passou primeiro com seus dirigíveis, balões, hélices, hidroplanos e aeroplanos. Por nenhuma duvida, à de se afirmar que Alberto Santos Dumont era um dos maiores gênios, mecânico e inventivo, o qual já se tenha visto em toda historia se pensando na mesma pessoa, a ponto de Raul de Polilo, (1950) o classificar em seu livro de “Santos Dumont gênio.”

Sua genialidade transcendia aos inventos, foi, ciclista, pioneiro do tri ciclismo motorizado, tinha um popular veleiro apelidado de “tico-tico” bem popular na baia de Guanabara, além de frequentar o tênis Club de Petrópolis (hoje petropolitano footebool Club), também tinha habilidades de equitação qual treinou e possuiu o sabreur Du diable (famoso galgo de corrida) e Hábil patinador e esquiador na suíça onde residiu.

Cartão postal enviado para família Dumont Dodsworth de Val Mont – suíça (item de família)

Seu nome causava procura em nova York, Londres, Havana, Madri, além de paris que pelo povo foi verdadeiramente venerado e chamado de “Le Petit Santos”, a aristocracia francesa e estrangeira, a classe esportiva e imprensa, todos exigiam a presença dele nas solenidades jantares reuniões e etc.

Embora tivesse residido em São Paulo, à maioria do tempo adorava o Rio de Janeiro, onde visitava sua sobrinha Sophia santos Dumont e Jorge Dodsworth em sua casa no 334, na praia do flamengo, onde se deliciava com os pés de café e de limão, além do puro mel de abelha que ali mesmo eram criadas, assim nos conta Jorge Dumont Dodsworth, que conviveu ali com seu tio-avô Alberto.

Em Paris construiu sua historia ganhando vários prêmios e fazendo suas conquistas e famas, foi também em Paris que se tornou o primeiro a conseguir resolver a problemática da dirigibilidade dos balões em 19 de outubro de 1901, quando contornou com seu dirigível de numero 6 a torre Eiffel

Também se torna o pai da aviação, quando em 23 outubro de 1906 com o 14bis pela primeira vez o mundo vê um aparelho mais pesado que o ar levantar vôo nos céus de Paris.

Durante anos Alberto veio vivendo emoções fortes, tensões, impactos, pressões e acidentes. Chegando em 1910 sofrer uma queda com um “Demoiselle” o que decretou dois meses mais tarde em seu afastamento da aviação, eram os primeiros sinais de esclerose múltipla que o acompanharia pelos próximos 22 anos.

Não havia se passado 10 anos de seu invento e eis que um homem simples teve que encarar o martírio de ver o emprego de seu mais precioso invento sendo usado como armamento bélico na violenta e devastadora guerra.

Tornava-se maior a tristeza por ver, na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o avião ser utilizado como arma guerreira. Santos-Dumont o queria encurtando distâncias, promovendo a alegria e aproximando pessoas, e não sendo feita para tirar as vidas de inocentes. Sem dúvidas ver seu invento sendo usado de tal maneira tão cruel, seria o suficiente para que Alberto Vagarosamente, se fechasse em uma imensa depressão que o veio atingir.

Em 1926 chegou até mesmo enviar ele mesmo uma solicitação à liga das nações, onde fazia em seu pedido que proibissem o uso do avião como arma de guerra. Mas, infelizmente seu pedido não foi atendido.

Alberto fez seu primeiro testamento na França retirando-se então para sua pátria e fazendo outro testamento, este redigido no dia da independência em, 7 de setembro de 1931 onde todos os estabelecimentos estavam fechados, e assim evitando qualquer publicidade, na cidade de Sorocaba são Paulo.

Outro meio de desconforto para a saúde de Santos Dumont aconteceu na revolução constitucional do Brasil de 1932, onde o inventor sentiu-se novamente traído pelo seu próprio invento. Após ver da areia da paia em um choro angustiante seus aviões novamente sendo utilizados de forma inapropriada. Cada avião, que passava disposto a bombardear a cidade de São Paulo era um pedaço do inventor que acabava arrasado, destruindo-o pouco a pouco por dentro.

em 23 de julho de 1932, na cidade do Guarujá São Paulo, no banheiro do Grand Hôtel de La plage, dando fim a sua própria vida enforcando-se banhado em sua imensa tristeza aos 59 anos. Sua causa da morte durante anos ficou escondida, fazendo-se pensar até mesmo em um problema cardíaco, escondida por muitos para que um dos heróis da nossa pátria não tivesse em seu final um triste e desesperado fim, porém a angústia a tristeza que o corroía, não era menos heróica do que sua vida e seus inventos, não foi o próprio Alberto que se enforcava em sua gravata ou em uma corda, ali o lado mais humano de Santos Dumont sofria junto com as famílias que perdiam seus entes nas guerras, para ele bastava a tristeza; seu maior sonho era poder ver as pessoas do mundo inteiro se encontrando, famílias se unindo, viagens promissoras para que o mundo fosse um lugar melhor. Teve sua vida e fortuna dedicada aos ideais que o moveram a fazer o homem voar foi projetando financiando e pilotando seus próprios balões que se transformou no gênio e mito dos ares.

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Sobre o Autor

Lucas Tiburcio

Sou um entusiasta da História, nascido e morador da cidade de Petrópolis - RJ, formando em licenciatura e pós graduado em games e gamificação na educação, administrador do site a História dentro da História, além de pesquisador e Professor.

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