images


A História dentro da História

Alçando Voo

By Lucas Tiburcio

15-12-2021

images

 

 

A lista de inventos aeronáutico do brasileiro é grande, entre eles estão balões dirigíveis, biplanos , helicóptero e até mesmo hidroplanador, contabilizando ao todo 22 aeronaves, os identificava por número que eram dados de forma crescente.

Seu primeiro modelo, um balão livre, pequeno, esférico e feito com sedas japonês envernizadas, deu-lhe o nome de Brasil, era o menor balão de hidrogênio ate então construído, tinha 113 metros cúbicos e seu invólucro de seda de apenas 6 metros de diâmetro já em seu primeiro, voo no dia 4 de julho de1898 permaneceu por cinco horas nos céus de Paris.

Balão Brasil: primeiro balão de Santos Dumont e recebeu como nome uma homenagem de sua terra natal

m seguida fez um balão esférico maior que o Brasil qual deu-lhe o nome de L’Amerique, ainda no mesmo ano de 1898. As ascensões em balões esféricos tiveram grande importância dentro de sua formação aeronáutica.

O dirigivel nº 1: um balão cilíndrico de 25m de comprimento, 3,5 de diâmetro, e 180 metros cúbicos de gás, e motor 3,5 HP. um desfio que muitos não acreditavam a duvida de um balão carregar seu próprio motor, deixavam o público que acompanhava Dumont céticos, além de um temor de que esse motor vibrasse tanto a ponto de desmanchar todo o conjunto.

sua primeira tentativa foi no jardim da aclimação, no dia 18 de setembro de 1898, para essa experiência Santos Dumont, pendurou um triciclo pendurado por cordas e o ligou, percebeu que no ar a vibração era menor que no chão, Alberto Santos Dumont foi arrastado pelo vento em direção as arvores sendo frustrada a tentativa de uma dirigibilidade, dois dias depois então veio à ascensão do balão motorizado, depois de algumas pequenas manobras o balão sofre um vazamento de gás e se dobra ao meio em queda no campo de Bagatelle , então no dia 20 de setembro Alberto santos Dumont já começa a entrar para historia da aviação e escrever suas próprias linhas.

Disse Alberto sobre a experiência, que enquanto a aeronave fendia o ar com sua proa o vento batia em seu rosto, seu paletó flutuava como se estive navegando em m transatlântico. e exaltava seu próprio feito antes nunca visto, tinha ele subido sem o sacrifício de lastros e descera sem sacrifício de gás, os pesos deslocáveis funcionaram como se tinha planejado e seu feito era inegavelmente fantástico.

Dois meses depois inventara um novo balão (1898), um balão que subia impulsionado por um motor a petróleo, e todos se assustavam quando ele dizia que esse seria o futuro.

Número 1

O dirigivel n° 2 Era bem parecido com o 1, porém para tentar corrigir o defeito do anterior foi colocado um motor dion-bouton modificado pra suplementar o trabalho da bomba e um ventilador para reforçar o suplemento de ar dentro do balonete interno.

Na manha de 11 de maio de 1899 devido ao mal tempo, tento acabado de subir o resfriamento contraiu o hidrogênio e o dirigível dobrou-se ao meio, sofreu uma queda que por muito pouco não acaba em tragédia, salvou-se saltando da nacela para as cordas que uniam ao balão.

Para não comprometer o manejo em seus balões e poder consultar as horas em voo, Alberto Santos Dumont pediu a um amigo, o joalheiro Louis Cartier, que confeccionasse um relógio para ele usar no pulso a Maison Cartier de paris fez o modelo Santos, um esportivo relógio de pulso.


 

Número 2

Primeiro modelo de relógio de pulso

Em 1899 foi confeccionado o nº 3, corrigido o erro da fragilidade do dirigível seu primeiro vôo aconteceu no dia 13 de novembro de 1899, este fez varias ascensões, realizando diversas manobras horizontais e verticais, sobrevoou o campo de marte e circundou a torre Eiffel.

Número 3

Em 1900 construiu o >dirigivel nº 4 traziam grandes novidades, em vez de nacela era visto um selim e pedais, que faziam girar 2 asas de quatro metro cada uma, era mais longo e mais estreito que o numero 3 um motor de 7 HP. Diante de uma seqüência de testes, de controle, motor, dirigibilidade, decolagem e aterrissagem, deixaram o inventor com verdadeiras possibilidades de conseguir cumprir as exigências do premio Deutsch

Número 4

Colocou um motor de 15 HP transformou as extremidades menos pontiagudas, nascia seu dirigível n° 5. Em 12 de julho1901 o número 5 foi posto a prova em Longchamps, percorreu 35 quilômetros, sobrevoando o hipódromo em círculos, desenvolvendo velocidade e facilidade nas manobras, conseguiu após alguns reparos finais contornar a torre Eiffel.

Número 5

Alberto então trabalhou no n° 6, parecido como o número 5, tinha um volume de 622 metros, cúbicos, com 33 metros de comprimento e 6 de dímetro. E para impulsioná-lo havia um motor Buchet de 20 HP, com sistema de refrigeração misto de ar e água, por cima do motor um radio e um reservatório de água os lastros eram dois tanques cilíndricos, com 45 litros de água cada, com torneiras que podiam ser abertas durante o voo. Este trouxe a ele o maior feito aeronáutico ate então a conquista da dirigibilidade.

Conquista da dirigibilidade dos balões com seu invento de número 6

Durante o ano de 1903 projetou e iniciou a construção de três novos dirigíveis cada um com as finalidade, o Nº 7, foi projetado pra ser uma aeronave de corrida chegando a uma velocidade de 80KM\h movido por um motor refrigerado a água, de quatro cilindros, com 60HP, por ser muito caro raramente saia com este mas almejava participar das corridas planejadas para dirigíveis.

Número 7

Algumas linhas trabalham a idéia de que por superstição não teria dando o nome de Nº 8 a nenhum deles deixando de fora este número. Outros trabalham com a idéia de que este teria sido uma replica do N°6 vendida, a Mr. Boyce, vice diretor do aeroclub da America.

O nº 9 foi idealizado para passeio já que era pequeno e ágil, fez seu primeiro voo no dia 07 de maio de 1903, sendo usado inúmeras vezes pelos céus de Paris e ficando conhecido como Baladeuse Arienne ( charrete Voadora) para sair a noite adaptou-se um farol que era uma lâmpada de acetileno, usada em minas de carvão fabricada por Bleriot seu amigo, também ficou famoso este por ter sido o primeiro dirigível a ser comandado por uma mulher a cubana Aida D’Acosta que sobrevoou de Neuilly a Bagatelle além de após um incêndio no motor ter sido apagado por Santos Dumont com seu habitual chapéu panamá, o deformando e deixando suas abas baixas e fotografado com este gerou a imagem de santos Dumont como vemos ate hoje,

número 9

Chapéu panamá usado para apagar o incêndio do motor do n°9 exposto em sua casa “a encantada” (Petrópolis- RJ )

O Nº 10 foi construído com o objetivo de difundir a navegação aérea. Santos-Dumont pretendia demonstrar que muitas pessoas confiariam em subir num “ônibus” aéreo como passageiros. Era um grande balão com 2.100 metros cúbicos de volume interno e motor Clement-Bayard com 46 HP, projetado com quilha dupla: a superior alojaria o piloto e todos os equipamentos, enquanto a inferior sustentaria quatro barquinhas, cada uma com capacidade para quatro ou cinco pessoas, uma nave de passageiros, sendo feitos vários testes em 1903 com miss Mac Kay, miss Taylor e Monsieur Page Bryan, tendo os embarcado um de cada vez, mas ao fazer um novo teste com o arquiduque da Áustria Leopold Salvator em 25 de outubro ocasionando um acidente por conta do mal tempo fato que fez com que posteriormente o Nº10 seria abandonado.

número 10

Em 1905 surgia seus próximos 4 inventos. O Nº 11 seu projeto era um monoplano-hidro, que se inspirava em um planador do cientista inglês George Cayley feito a cem anos antes, qual não encontrou nenhum motor satisfatório, o deixando de lado.

Número 11

O Nº 12 era um protótipo de um helicóptero, com duas hélices girando inversamente acionados por um motor de 24 HP, mas não tentaram fazê-lo voar, pois apenas parte da estrutura teria ficado prontas.

Número 12

O dirigível de Nº 13 voltou a ser um balão, o qual Santos Dumont queria tentar resolver o problema da permanecia dos balões no ar por conta da variação de pressão da altitude fazendo que o hidrogênio se dissipasse, acoplou nele um reservatório de ar que podia ser aquecido por queimadores de querosene, fazendo com que o aquecimento controlasse a força ascensional do balão mesmo com a perda de hidrogênio. Como não tinha espaço suficiente dentro de seu hangar este ficava no parque do aeroclube de Sant-Cloud, em um hangar com a frente aberta, mas acabou sendo destruído por uma tempestade.

Número 13

Já o Nº 14 um dirigível rápido e ágil, extremamente fino com volume interno de 200 metros com um motor Clément de 3,5 HP. Três dias depois pôs o seu Nº 14 a teste, vendo que faltava estabilidade e de difícil dirigibilidade, reprojetou o invólucro, com o balão mais curto e de maior diâmetro com 186 metros cúbicos, fez novo teste em 21 de agosto em Trouville e no dia 25 fez um grande voo sobre a praia e o mar, mostrando estabilidade e controle.

Número 14

Número 14 modificado

Ainda construiu um balão esférico para participar da taça Gordon Bennet, denominado de “Les Deux ameriques”

Alberto Santos Dumont, era a figura mais popularizada de Paris e da Europa, porém no campo aeronáutico trabalhava em silencio, inovando, aperfeiçoando e fazendo diversos testes. Inspirado nas garças brasileiras parecendo um grande pássaro branco (O a ave de rapina) e então nomeado 14bis foi assim batizado, pois em Bagatelle. Pendurava seu experimento no balão de numero 14, e depois era testado em cabos suspensos para que fosse aprimorado o equilíbrio, o manejo. Um avião biplano baseado nas células de Hargraves as asas de seis dessas células, três de cada lado da fuselagem, formavam um diedro. Sua envergadura alcançava 12 metros e media 10 metros de comprimento. O leme, uma dessas células, foi colocada na frente, na chamada configuração cannard (pato). As superfícies eram de seda japonesa e a armação de bambu, com juntas de alumínio. O motor foi alojado entre as asas, na parte de trás, era um motor antoinette de 24 HP. Uma barquinha, igual às usadas em seus dirigíveis, foi instalada à frente do motor, onde o piloto permanecia em pé. Após testá-lo por mais vezes sem decolar percebeu a necessidade de um motor mais potente trocou o de 24 HP por um de 50 HP com oito cilindros em V.

14 bis

Em 1907 foram feito os projetos nº 15 “Tractor” um novo avião construído, um biplano de três células de hargraves de cada lado, que utilizava um motor Antoinette de oito cilindros e 50HP e de apenas uma roda, ao tentar levantar voo uma das asas tocou o chão fazendo com que o avião girasse em torno do próprio eixo.

“TRACTOR” o número 15

Em seguida o n°16 onde Alberto, desenhou um novo, pequeno e bonito dirigivel, com invólucro de hidrogênio, e pôs neles uma asa, mas que foi pouco compreendido. Em seu teste o aparelho inclinou-se para frente e a proa tocou o chão rasgando o balão.

Número 16

Logo depois resolveu modificar o nº15 tirando as células de hargraves, modificou o trem de pouso de uma para duas rodas e manteve a estrutura do biplano essas modificação deram origem ao nº17, também chamado de “La Sauterelle”, mas, foi desativado antes mesmo de ser testado.

“La Sauterelle” Número 17

Então veio o n° 18 um hidroplanador que tinha suas asas e leme submersos, foi testado em uma lancha pelo rio sena, com o motor ligado os flutuadores afundaram não conseguindo velocidade e nem êxito.

Número 18

Santos Dumont ainda continuou trabalhando em aperfeiçoamento de suas invenções, após modificações o n° 20 que era o aperfeiçoamento do 19 que foi batizado pelo nome Demoiselle, (donzela) que voou pela primeira vez em 9 de março de 1909 e que em 6 de abril de 1909 fizera um vôo de 3.000 metros.

Demoiselle, (donzela) número 20

Número 19

Santos Dumont sabia que para alcançar voos mais prolongados precisava de mais potência assim modificou o motor do nº20 para 30hp mexeu nas hélices e assim surgia o n°21 em seu primeiro teste de 500 metros apenas, já deixava claro que novamente o inventor havia acertado, em seu segundo vôo percorreu 9.000 metros em cinco minutos, isso no dia 13 de setembro de 1909, o que fez com que o brasileiro além de bater o recorde de menor percurso no solo, que era de Curtiss com 80 metros, descendo para 70 metros apenas, também demonstrou no dia seguinte segurança ao levar um peso de 20 quilos qual foi solto em pleno vôo sem que causasse qualquer instabilidade, Ainda testou um motor de mais potencia sendo este de 40HP dando origem ao nº22. Sem duvidas o avião de maior êxito do brasileiro, que além de um design inovador, teve sua fabricação em serie. E nesse exato momento colocava a disposição da humanidade todos os detalhes desenhos e planos, chegando a ser fabricado por oficinas diferentes chegando a mais de 40 exemplares produzidos.

realizou seu último voo como piloto em 22 de janeiro de 1910



 

Referencia bibliográficas:

CHAPLIN, Charlie. O Grande Ditador. Charlie Chaplin, Charlie Chaplin. Estados Unidos: United Artists, 1940 124min.

DUMONT, Alberto Santos. O Que Eu Vi, O Que Nós Veremos. São Paulo: Obliqpress 1918.

DUMONT, Alberto Santos. Os Meus Balões. Rio de Janeiro: Biblioteca do exercito Editora, 1973

MUSA, João Luiz; MOURÃO, Marcelo Breda; TILKIAN, Ricardo. Alberto Santos-Dumont Eu Naveguei Pelo Ar. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

Imagens tiradas de http://www.museuvirtualsantosdumont.com.br/balao-brasil.html

Quiz e Simulados Relacionados

images

Sobre o Autor

Lucas Tiburcio

Sou um entusiasta da História, nascido e morador da cidade de Petrópolis - RJ, formando em licenciatura e pós graduado em games e gamificação na educação, administrador do site a História dentro da História, além de pesquisador e Professor.

Matérias Relacionadas

A Mitologia e o Sonho

sonho, Santos Dumont

Segunda Revolução Industrial

Segunda Revolução, Insdutrial

A Dirigibilidade

Dirigibilidade, Santos Dumont

O Homem que Aproximou o Mundo

Santos Dumont, Homem, Mundo

Alçando Voo

Santos Dumont, Voo